Osteoporose: uma doença que chega com o avanço da idade

Com o avanço da idade, a capacidade de formação e de fortalecimento dos ossos diminui, fazendo com que estes fiquem mais porosos, fracos e leves, com maior propensão a fraturas. A isto chamamos osteoporose.

Sendo uma doença comum na população idosa, ela não apresenta sintomas até ocorrer uma fratura óssea, que pode ser decorrente de uma queda, como também através de um esforço físico, espirro, tosse e, em alguns casos mais graves, com o simples movimento de girar o corpo na cama.

Segundo o Dr. Daniel Marcolin, de duas em cada cinco mulheres e um em cada oito homens sofrerão alguma fratura secundária a osteoporose até o final da vida. “As fraturas de punho ocorrem mais frequentemente por volta dos 50 anos; as das vértebras da coluna aumentam depois dos 60 anos; enquanto as fraturas de bacia têm sua maior incidência a partir da sétima década de vida”, explica o médico.

Ele lembra que as fraturas, principalmente as vertebrais, podem passar despercebidas pelas pessoas, já que muitas vezes podem ser devido a mínimos traumas físicos, como tosse ou esforço para evacuar, manifestando-se com o passar do tempo com limitação dos movimentos, acentuação da curvatura nas costas e dor crônica: “boa parte dos indivíduos atribuem erroneamente estas manifestações como normais para a idade e não procuram assistência médica, deixando de tratar o problema e fazendo com que este ainda se agrave”, salienta Marcolin.

Como a osteoporose é silenciosa, não gerando dor ou limitações até ocorrer a quebra do osso, uma avaliação óssea através de um exame chamado densitometria óssea é indicado para os indivíduos  com idade superior a 65 anos  e antes para as mulheres que pararam de menstruar com menos de 45 anos.

O Dr. Marcolin lembra que a prevenção da doença é fundamental para evitar traumas mais graves: “são recomendadas desde a infância a prática esportiva e uma alimentação rica em cálcio (leite e seus derivados; peixes, verduras); não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, além de uma exposição racional da pele ao sol, evitando os horários de maior risco ao câncer de pele”.

Desta forma,  tendo em vista que a osteoporose é muito comum nos idosos e que sua prevenção, diagnóstico e tratamento precoce tem grande impacto na qualidade de vida das pessoas, orientam-se hábitos de vida saudáveis e acompanhamento clínico frequente, para que os indivíduos não sofram fraturas secundárias a uma doença que pode ser prevenida por medidas simples e cotidianas, além de ser tratada com medicamentos.