FAZENDO OS INTESTINOS TEREM BOM FUNCIONAMENTO
Cada indivíduo apresenta o seu ritmo intestinal. Há pessoas que evacuam duas vezes ao dia, enquanto outras evacuam a cada dois dias, e isto não significa que uma ou outra esteja com problema de constipação ou diarreia. Se a evacuação não é desagradável ou desconfortável, se as fezes não são endurecidas ou amolecidas demais, é apenas o ritmo intestinal próprio. Agora, se o idoso sente o abdome distendido, se ao evacuar percebe que as fezes são muito firmes e endurecidas, com difícil prática defecatória, com dor e desconforto, é porque apresenta constipação.
Além de desagradável, a constipação atrapalha a manutenção da saúde. Para termos um intestino saudável, é importante seguirmos os seguintes hábitos:
- Ingerir bastante água. Sim, a água é o principal fator para uma boa manutenção do hábito intestinal. Além de auxiliar no trânsito do alimento pelos intestinos, deixa as fezes mais amolecidas;
- Ingerir fibras. Frutas, verduras, legumes, cereais, sementes e grãos são ricos em fibras. Elas auxiliam a aumentar o bolo fecal, se associadas a ingesta adequada de água. Ingerir apenas elas em grande quantidade pode até ser prejudicial. Elas precisam da água para “incharem” dentro dos intestinos e aumentarem a quantidade das fezes;
- Fazer exercício físico auxilia no trânsito intestinal;
- Manter horários regulares de alimentação e sono;
- Evitar (ou ingerir com parcimônia) alimentos constipantes, como queijos, batatas, farinhas não integrais, maçã sem casca, banana, pão branco, mandioca e carnes);
- Ingerir probióticos. São substâncias encontradas em farmácias que, se prescritas por médico ou nutricionista, podem auxiliar no bom funcionamento do intestino. Não confundir com laxantes. Estes são remédios diferentes e com outro objetivo;
- Evitar automedicação. Há vários remédios que podem interferir no trânsito intestinal, favorecendo a constipação, como por exemplo: amitriptilina, nortriptilina, mirtazapina, morfina, tramadol, codeína, loperamida, escopolamina, anti-hipertensivos, entre tantos outros;
Há também alguns remédios que podem gerar diarreia (remédios para anemia, levodopa, metformina, remédios para doença de Alzheimer, entre outros);
- Não inibir os sinais que o intestino dá. Quando alguém sente vontade de defecar, é um sinal do corpo de que este está apto à realização disto e que o organismo precisa expulsar as fezes, que já estão próximas da ampola retal. Assim sendo, não se deve deixar de atender as ordens do corpo, devendo procurar um banheiro próximo para evacuar as fezes. Se o organismo apresenta um período do dia rotineiro para esta prática, deve-se preservar o hábito;
- Evitar o uso de laxantes sem prescrição de médico ou de nutricionista ou o uso destes por longos períodos. Estes tipos de substâncias podem auxiliar de modo emergencial, mas se usados em demasia, agravam ou pioram a constipação, além de interferirem na flora intestinal. Antes de ingerir laxantes, deve-se sempre rever se está fazendo corretamente as orientações anteriores e nunca utilizar sem uma orientação e prescrição especializada;
- A posição da pessoa no vaso sanitário também interfere num bom funcionamento evacuatório. Colocar um pequeno banquinho como se fosse um degrau em frente ao vaso e inclinar o corpo para frente ajuda a prensar mais o abdome, facilitando a evacuação. Lembre-se que, se fôssemos seguir nossos hábitos fisiológicos, a posição que usaríamos seria a de cócoras para a eliminação das fezes.
Cabe aqui lembrar que a mudança do hábito intestinal, a eliminação de sangue com as fezes, eliminação de diarréia ou fezes com alimentos mal digeridos, cólicas intestinais ou distensão abdominal frequentes não é algo normal e este idoso deve ser sempre avaliado por um médico. Muitos cânceres de intestino apresentam com alteração do hábito intestinal como um dos primeiros sintomas, antes mesmo do emagrecimento e da presença de sangue na evacuação! A realização de colonoscopia periódica para avaliação do intestino é primordial para avaliar a saúde do mesmo.